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       O brasão da família tem sua origem na Alemanha, apresenta características como cor azul, uma parede com três torres prateadas, na torre do meio mais alta habita um homem "Issuing" vermelho, segurando na mão direita um ramo verde, e a mão esquerda na cintura. E a esquerda desta torre há uma escada.

Na crista há um homem "Issuing" (Termo que significa: imprimindo, mensageiro, emissor, ou exibindo).

Descrição Original em Linguagem Heráldica:

Azure; a wall with three towers argent, masoned sable, archway sable, on the middle higher tower a man issuing habited gules, holding in the dexter hand a branch vert, the sinister hand on his hip, between the tower to the sinister a ladder.
 

Crest:
The man issuing

 

Origin:
Germany

Brasão da Família Dahmer - Descrição

       É importante notar que um brasão de armas nem sempre é definido visualmente, pode ser dada pela sua descrição escrita em livros Heráldicos (Armoriais), a qual é feita numa linguagem própria – a linguagem heráldica. Os Brasões eram descritos e cabia ao Heraldista interpretá-lo através da linguagem heráldica e desenhá-lo, portanto o conhecimento, a criatividade, e o dom artístico reflete na qualidade e originalidade do Brasão.


Sendo assim, fiquei inquieto e não satisfeito com o Brasão adquirido através da pesquisa no Historical Research Center dos Estados Unidos. Uma outra fonte de pesquisa era necessária para confirmar o Brasão, e quem sabe, outra forma de representa-la, o renomado Centro Heráldico em La Corunha na Espanha, foi esta fonte de pesquisa, onde recebi o mesmo Brasão de Armas , mas desta vez com uma outra grafia, outra forma de desenha-la a partir do texto Heráldico do Brasão da Família Dahmer.


Descobri que os dois resultados, da Historical Research Center dos Estados Unidos, e do Centro Heráldico em La Corunha na Espanha, foram iguais pois são provenientes dos livros Heráldicos (Armoriais) do autor Johan Baptiste Rietstap em sua obra "General Armorial", e do autor Johann J. Siebmacher em sua obra "Grosses Undallgemeines Wappenbuch"

Pesquisa sobre o Brasão da Família Dahmer

Veja abaixo o Brasão de armas do Centro Heráldico de La Corunha na Espanha:

Vamos conhecer mais sobre a história dos Brasões

Na Europa da Idade Média, no calor das batalhas, viver ou morrer dependia de saber distinguir o amigo do inimigo. Essa era uma tarefa difícil, com os cavaleiros cobertos por armaduras. Assim cada combatente costumava decorar seu escudo e sua túnica com distintivo único, que o diferenciava dos demais. Surge então a heráldica, nome proveniente do inglês “heralds”, que eram os homens encarregados pelos reis para desenhar os brasões.

Arte que nasceu para atender a nobres e cavaleiros, expandiu-se com o surgimento dos reinos e cidades, onde cidadãos importantes recebiam sua cota de armas.

Nem  todas as famílias tem um brasão registrado nos antigos livros de armas, pois eram concedidos por príncipes e reis em recompensa por serviços relevantes.

Um "brasão de armas" ou "brasão de família" (quando se refere ao brasão de armas de uma família específica), na tradição medieval europeia, é um conjunto de emblemas heráldicos, com a finalidade de identificar indivíduos, famílias, clãs, corporações, cidades, regiões e nações.

Normalmente, é representado dentro de um escudo, que é a arma de defesa homônima dos guerreiros medievais, mas também, pode ser representado em bandeiras, vestuários, objetos pessoais, entre outros.


Os brasões eram concedidos pelo Rei como forma de homenagear aos nobres e aos cavaleiros por sua coragem, pois eram símbolo de status e poder. Foram usados, principalmente, nos campos de batalha, para distinguir amigos e inimigos e para escolher um adversário digno para uma luta corpo-a-corpo.


Eram criados pelos Arautos, que garantiam que o brasão era único e os registravam em livros sob sua guarda.


Os primeiros brasões eram formados por cores plenas. Mais tarde, ganharam divisões que se referiam aos cortes, nos escudos, durante as batalhas. Depois, ganharam figuras fantásticas como leões, dragões, unicórnios, águias, cervos, e uma infinidades de outras figuras e símbolos. Outro dado interessante é que certos desenhos eram reservados à realeza de diferentes países.


Todas as cores e símbolos assumem um significado próprio, o que permite que esta arte se transforme, também, em um ciência.

Ao ato de desenhar um brasão dá-se o nome de brasonar. Para se ter a certeza de que os heraldistas, após a leitura das descrições, estão brasonando corretamente, criando brasões precisos e semelhantes entre si, a arte de brasonar segue uma série de regras mais ou menos restritas. Essas regras se referem ao escudo (peça mais importante) e aos ornamentos exteriores como coroa, elmos, mantos e tenentes.


Saindo de sua condição de guerras, os brasões passaram para o âmbito da ciência heráldica, como símbolos de nobreza, de hierarquia eclesiástica, de corporações civis, militares, desportivas e de domínio. As famílias começaram a receber brasões por hierarquia, merecimento ou por serviços prestados ao reino, que os conservaram como símbolo de glória e honra.


É importante notar que, durante a Idade Média, a maior parte da população não sabia ler nem escrever, mas, através destes desenhos, as famílias podiam ser identificadas por todos.


Ao fim da Idade Média, até os proeminentes cidadãos não-nobres receberam brasões. Desde então, os brasões são passados de geração a geração e podem ser modificados pelo casamento.


Fonte: Museu Medieval (www.museumedieval.com.br) e na wikipedia (http://en.wikipedia.org/wiki/Coat_of_arms)

Quem eram os Arautos?

O Arauto (do francês antigo heralt) foi um mensageiro oficial na Idade Média, uma pré-forma do diplomata. O Arauto fazia as proclamações solenes, verificava títulos de nobreza, transmitia mensagens, anunciava a guerra e proclamava a paz. Na alta Idade Média, os Arautos se tornaram os responsáveis por criar e regulamentar os brasões de armas.


Por serem considerados neutros, atuavam como intermediários entre os dois exércitos. Dessa forma, eles podiam passar mensagens entre os defensores de um castelo ou cidade e seus sitiadores e negociar a rendição de um dos exércitos. Depois de uma batalha, os arautos identificavam os mortos através de seus brasões.


Durante os torneios, era de responsabilidade dos Arautos selecionar os duelistas, baseados em seus brasões, anunciá-los ao público e proclamar o vencedor. Os Arautos também tinham a responsabilidade de sortear qual dos duelistas teria a luta a seu favor, ou seja, o direito de não lutar contra a luz do sol.


Sua vestimenta é basicamente formada por uma túnica, chamada "manto de arauto" ou "tabard" em inglês, decorado com o brasão de armas do seu senhor.


Atualmente, os Arautos são especialistas em tudo que se refere à heráldica e brasões de armas. Na monarquia moderna, o Arauto apregoa casamentos reais ou aclamações dos reis.

Durante a batalha de Azincourt (parte da guerra dos Cem Anos, entre Inglaterra e França), um Arauto inglês e um francês assistiram, juntos, à batalha de uma colina próxima. Ambos concordaram que a Inglaterra saíra vencedora e, com isso, o Rei da Inglaterra, Henry V, ganhou o direito de dar nome à batalha *. (KEEGAN, 1983, p.74-77; 104-105)

Fonte: "Arautos" em inglês se escreve "Heralds", derivada da palavra "Heráldica" (do inglês "Heraldry")
 KEEGAN, John. The Face of Battle. Penguin Classics, 1983.

Livros Armoriais

Na Idade Média, os Arautos registravam os brasões em livros sob sua guarda. Hoje, esses brasões estão reunidos em livros chamados "Armoriais". Um Armorial pode conter brasões de um único país ou de um grupo de países, pode ainda conter o histórico da origem do sobrenome.


Alguns Armoriais contém os brasões de forma descritiva (em uma linguagem chamada "linguagem heráldica"), onde o Heraldista, após ler a descrição, desenha o brasão. Outros livros já apresentam o brasão de forma visual.

Exemplo de Armorial, com brasões apresentados visualmente:

       Como sabemos os Brasões de armas eram concedidos por príncipes e reis em recompensa por serviços relevantes prestados a coroa, e o fato de existir no Brasão da Família Dahmer um homem "Issuing", que quer dizer mensageiro, emissor, talvez se deva a serviços prestados de Mensageiro do Rei.

Estes personagens "Mensageiros do Rei", tradicionais do período medieval, prestavam importantes serviços de divulgação e comunicação de fatos e notícias importantes para a o rei. Em meio a praças públicas, sobre plataformas altas (figura lúdica da torre), narravam e transmitiam a informação. Eram protegidos pela lei, os mensageiros não podiam sofrer ataques públicos, nem mesmo quando anunciavam aumentos de impostos ou guerras.

Naquela época não tinha telégrafo, não tinha rádio, nenhum dos meios de comunicação modernos, tinha-se conhecimento de fatos que aconteciam. somente por mensageiros que iam a cavalo de cidade a cidade contar as novidades. Por vezes, esses mensageiros, não chegavam ao seu destino, porque as trilhas e caminhos podiam estar dominados por bárbaros ou inimigos, que em períodos de guerra prendiam os mensageiros.

Homem "Issuing (mensageiro)" Vermelho:

Significado das cores e elementos do escudode armas.

Cores:

Prata (Muro e Torre): pureza, integridade, firmeza e obediência.


Azul (Fundo): zelo, lealdade, caridade, justiça, lealdade, beleza e boa reputação.


Verde (Ramo): esperança, fé, amizade, bons serviços prestados, amor, juventude e liberdade.


Vermelho (Homem Issuing): vitória, fortaleza e ousadia.

Elementos:

Torre:

​       A torre tem seu desenho próprio, não devendo ser confundida com um castelo. Nome de obra de fortificação, que se emprega para indicar as que rematam os castelos ou se encontram a proteger-lhes os ângulos. A torre é parte de destaque do castelo e geralmente é representada com uma porta e duas janelas. A torre mais alta ou de maior proeminência do castelo é chamada de torre de homenagem.


Muro:

       Dá-se este nome a uma parede, com ameias, lavrada e tendo os extremos firmados em uma torre ou num torreão. Pode, como todas as peças lavradas, ser da mesma cor ou outras.

Mensageiros Reais

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